sábado, 20 de março de 2010


Sinto uma falta imensa, de alguma fagulha de atenção ao que eu digo... 
Uma atenção sincera, não fabricada...
Sinto falta de ser atencioso, também.

Sinto falta do trânsito de idéias.
Do engarrafamento de palavras.
Da poluição santa de uma sampa que só encontro em você.
 
Multitude de interesses, perfumes, cheiros, olhares.
Caminhos e estacionamentos.
Sinto falta da delicadeza, do andar de pássaro, apropriado para quem vive voando.
 Vôo junto.
 
De que vale a vida, sem estar com os pés nas nuvens?
Sempre haverá uma corda presa à âncora do chão...
Então... 
Voemos.
Um lugar seguro, calmo e pacífico...
Como um lago sem vento
Para atirar a pedra e ver 
Os círculos se espraiando furiosamente.
Um pacífico e tenro lugar
Onde a fúria dos instintos
Temperada pelo amor 
E mexida pela natureza plácida 
Dos que se gostam, 
Há de se fazer presente... 
Numa receita irrepetível, 
Como a dos naturais cozinheiros 
Que nascem sabendo, 
Mas não repetem nunca o prato...
Como o rio, como nós.

segunda-feira, 15 de março de 2010


Uma mulher bonita não é aquela de quem se elogiam as pernas ou os braços, mas aquela cuja inteira aparência é de tal beleza que não deixa possibilidades para admirar as partes isoladas.

Séneca

quarta-feira, 10 de março de 2010


"Se eu pegar sua mão, pegue a minha e esqueça das palavras...
se for só olhar, sustente e fique ali, no momento, inebriante.
Se lhe disser pouco, entenda o muito que há por trás das parcas palavras...
se ficar rodando, andando à toa, pense que é um tempo só nosso, e que estamos apenas juntos e que o que se afigura estreito é largo no que poderá vir.
Se eu rir, será de prazer por estar ao seu lado.
Se ficar triste, será pela perspectiva de não lhe ver, tão cedo.
Se disser coisas sem sentido, entenda o sentido que eu estou tentando dar à minha própria vida... entenda a vida fazendo sentido."